quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sou


Ainda não sou, mas serei. Mas já sinto. O perfume, encantador das balzaquianas. Só elas sentem e sabem. Esse poder, esse sabor. Honoré de Balzac que me confirme. A beleza explícita nos 30. Que beleza, são como balões no ar, flutuam, a rodopiar, a colorir, a estar.
Somos, seremos, um tango valente, com a melodia da paixão. São elas chegando, as balzaquianas. Não saberia dizer isso se não me sentisse uma. Vou, sempre irei. Diz-me com que pernas devo seguir. Vou por aqui, nestas travessuras. Se já perdemos a noção da hora, construa para nós. Queremos sim, na bagunça do teu coração, amar como dois pagãos. Na ordem das balzaquianas não se faça de tonta, não se cure, seja, sinta, veja. Te dei meus olhos pra tomares conta.

Ah, esse cara tem me consumido.

A mim e a tudo que eu quis.

Com seus olhinhos infantis.

Com os olhos de um bandido.

Ah, esse cara tem me consumido.

A mim e a tudo que eu quis.

Com seus olhinhos infantis.

Com os olhos de um bandido.

Ele está na minha vida porque quer.

Eu estou para o que der e vier.

Ele chega ao anoitecer.

Quando vem a madrugada.

Ele some.

Ele é quem quer.

Ele é um homem e eu sou apenas uma mulher.
Cazuza